Carlos Henrique Araújo, mestre em sociologia e curador da Academia de Política Conservadora

O governo perdulário de Lula, com o devido respeito, está saqueando as estatais na cara de todos os brasileiros, como já havia feito em um passado recente. O exemplo mais óbvio é o dos Correios. A empresa virou cabide de empregos no mais genuíno estilo petista de ser. Em 2024, o rombo foi bilionário, algo em torno de R$ 3,2 bilhões. Quem está no comando da estatal é um advogado e coordenador do grupo militante esquerdista denominado Prerrogativas, ou seja, alguém que não entende do ramo e se afunda em fortes indícios de corrupção.

Com essa dinâmica de incompetência e desmando, a sanha por cobrar mais e mais tributos do já estrangulado pagador de impostos se torna ainda mais ávida. O déficit das empresas públicas federais, incluindo as inúteis, chegou ao número astronômico de R$ 6,7 bilhões no ano passado.

Em vez de tocar o Plano Nacional de Desestatização, idealizado e posto em prática no governo Bolsonaro, o mandatário petista resolveu inchar todas as estatais de apaniguados, impor políticos como presidentes e diretores e desviar recursos das finalidades previstas das empresas.

Veja como a Itaipu está bancando uma parte significativa dos gastos suntuosos que serão realizados com a COP 30. Até o momento, a estatal binacional desviou R$ 1,3 bilhão para obras de infraestrutura em Belém, no Pará (sede do encontro). É óbvio que isso irá incidir de alguma forma nas contas de luz dos brasileiros. Para dirigir a empresa binacional, os petistas escolheram um político e professor esquerdista, que está fazendo da empresa uma distribuidora de dinheiro para os projetos assistencialistas e militantes de interesse do partido.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados; são 20 empresas federais com rombos variados. Desde os anos 1990, o Brasil perde tempo discutindo ad infinitum o que fazer com estatais absolutamente deficitárias e descabidas na dinâmica econômica.

Existem somente dois caminhos a serem trilhados por um governo racional, que respeita os pagadores de impostos: fechar algumas empresas e privatizar outras. Mas esperar isso dos petistas seria de uma ingenuidade atroz; espera-se, sim, a ampliação dos rombos e a desfaçatez das justificativas.

Queira Deus que se possa reverter essa política nefasta em 2027 em diante.

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