Carlos Henrique Araújo, mestre em sociologia e curador da Academia Brasileira de Política conservadora
O Presidente Lula, a cada eleição, renova seu juramento de que os brasileiros vão poder desfrutar de três refeições por dia. Virou um mantra repetido ad nauseam, desde, pelo menos, 1989, ano em que ele disputou e perdeu, no segundo turno, as eleições para Fernando Collor. Disse muitas vezes, (até mesmo chorando!), que isso seria o seu sonho político. Nas últimas eleições, evoluiu em seus apelos populistas e, em delírio, disse que a população iria “voltar” a comer picanha, considerada uma verdadeira iguaria em nossas terras.
Entretanto, o que se viu até agora foi uma estúpida destruição dos fundamentos macroeconômicos com gastanças recordes, o que, obviamente, gera inflação. Essa inflação explodiu os preços dos alimentos, fulminando o bolso dos brasileiros, principalmente, dos mais pobres. Lula prometeu picanha, mas nem mesmo os ovos escaparam da carestia.
O DataFolha, que não pode ser acusado de direita, entre os dias 1º e 3 de abril, ouviu mais de 3000 pessoas em 172 municípios, para investigar as mudanças dos hábitos de compra frente à inflação crescente, que ataca, não exclusivamente, os preços dos alimentos. Eis alguns números levantados:
- 58% dos entrevistados reduziram a compra de alimentos. Entre os mais pobres esse número sobe para 67%;
- 54% acham que o governo Lula tem muita responsabilidade pela alta dos preços e 29% atribuem um pouco de responsabilidade ao governo – ou seja, 83% enxergam responsabilidade do governo petista pela inflação de alimentos;
- 25% dos entrevistados afirmam ter menos comida do que o suficiente em casa;
- Metade dos brasileiros consultados está procurando economizar o consumo de água, luz e gás;
- 36% disseram ter reduzido a compra de remédios;
- 32% deixaram de pagar dívidas; e
- 26% não pagam as contas de casa.
A carestia está corroendo a já diminuta aprovação do governo tonto de Lula: o homem que fala em três refeições, mas que na prática retira comida do prato do trabalhador.
E, infelizmente, a mistura de ignorância econômica, avidez por governar na base do dinheiro desperdiçado e total descontrole das contas públicas marcarão o Brasil por muito tempo. Isso tudo já foi experimentado no famigerado governo da Dilma Rousseff. Uma receita de fracasso certo. Lula 03 parece estar pior que a Dilma 01 e 02. A esperança é a de que o ano de 2026 está próximo. Momento em que o povo brasileiro terá a chance de se livrar dos petistas e com eles se libertar da demagogia econômica, que tem o poder de destruir qualquer nação.
